terça-feira, 16 de novembro de 2010

Urbanistas alemães 1876-1900

Inicialmente as intervenções urbanas na Alemanha se caracterizam pelas reformas urbanas (ex. Ring de Viena, etc). Mas em seguida algumas práticas podem ser reconhecidas como planning. Estas advém da necessidade de resolver problemas decorrentes do crescimento urbano vertiginoso;
1875- Berlim tem 1,9 milhões de hab. no centro mas somando a população dos distritos tem 2,7 hab.
Em 1900 Berlim é a maior cidade da Europa.

Primeira fase do urbanismo alemão: Planos de reforma urbana; Planos de extensão/ expansão urbana

Modelo inicial – 1862 - Hobrech, intervenção em Berlim;
1874 – Verband produz um modelo de abordagem para expansão da cidade muito influente,
R. Baumeister 1876 – “Extensão das cidades: seus links com interesses técnicos e econômicos e regulamentação das construções;
O livro define duas metas principais: produzir habitação (housing) e facilitar a circulação;
Não há discurso sobre soluções ideais como há em Ildfonso Cerdá. Mas Baumeinster pretende fonecer base científica e funcional que guie o desenvolvimento urbano, sobretudo nos assuntos: sistema viário, housing e organização dos distritos industriais.

Proposta de zoneamento de R. Baumeinster
Utilizada no Plano de Frankfurt 1891
Introduz espacialidades com distintas regras de construção controlando densidades diferentes; direcionando e controlando localização de funções urbanas;
O zoneamento muda o processo de planejamento da extensão/ expansão urbana, muda o modo de abordagem do crescimento urbano (controle).

Joseph Stübben
Propõe a necessidade de reconsiderar a estrutura e o funcionamento do conjunto urbano – centro e extensão
Stübben, assim como Camillo Sitte, superam Baumeinster como paradigma de intervenção no espaço urbano, para além da extensão urbana e o stadtebau (construção da cidade) aproximando-se do planejamento urbano, de acordo com Stephen (ver referência).

Camillo Sitte (1843-1903) com o livro “A Construção das Cidades segundo seus Princípios Artísticos”, de 1889, avalia o planejamento urbano do seu tempo, questionando os critérios técnicos e higienistas que os norteavam.
Destacava o caráter urbano e artístico de cidades antigas que conhecia (principalmente praças, que se formavam paulatinamente in natura e com o tempo.
A escolha do termo construção das cidades para o seu livro ao invés de planejamento ou projeto, mostra a perspectiva empírica de sua abordagem, enfatizando a síntese das artes produzida na prática artesanal, no lugar do projeto ou desenho prévio.
Camillo Sitte repudiava a concepção prévia/ total do plano urbano, aceitava o planejamento da expansão urbana.
O planning propriamente dito, segundo Stephen, se estabelece a partir de:
HOWARD, Ebenezer 1902, Garden Cities of Tomorrow, Swan Sonnenscheim & Co., London. UNWIN, Raimond 1909, Town Planning in practice: An introduccion of the Art of Designing Cities and Suburbs, T. Fisher Unwin, London; 2ª ed. con nueva introducción del Autor, 1911; 7ª ed. London.
UNWIN, Raimond 1909, Town Planning in practice: An introduccion of the Art of Designing Cities and Suburbs, T. Fisher Unwin, London; 2ª ed. con nueva introducción del Autor, 1911; 7ª ed. London.
GEDDES, Patrick 1915, Cities in Evolution: an introduction to the town planning movement and the study of civics, Williams & Norgate, London.



REFERÊNCIA PRINCIPAL
WARD, Sephen V..Planning the Twentieth Century City: The Advanced Capitalist World. Ed. John Wiley & Sons.