Giulio Carlo Argan reúne sob a denominação de Modernismo manifestações da última década do Séc. XIX e início do Séc. XX, ocorridas, sobretudo na Europa, que se propõem a interpretar, apoiar, acompanhar o esforço progressista, econômico-tecnológico da civilização industrial. Atribui como características comuns aos modernistas:
•Criação artística conforme à época, renúncia a evocação de modelos clássicos ou historicistas, tanto na temática quanto no estilo;
•Redução da distância entre artes maiores e artes aplicadas;
•Busca de funcionalidade decorativa;
•Aspiração a uma linguagem internacional ou européia;
•No contexto do modernismo formam-se as vanguardas artísticas preocupadas não somente em modernizar ou atualizar mas em revolucionar radicalmente as modalidades e finalidades da arte.
Segundo Vitório Gregotti as pesquisas do Art Nouveau (modernismo, arte nova) centravam-se tanto no objeto quanto no construído;
•Redução da arquitetura à objeto como aposta de solução dos problemas colocados pela tecnologia da indústria;
•Os instrumentos de projetação convertem-se em invenção da estruturação da figura _ a linha, a superfície, o volume, dispõem de uma peculiar gramática interna cuja referência extrna está voltada à representação simbólica do sentimento da sensação e da efusão.
•É uma arte de elite cultural para grupos.
Art Nouveau não expressa a vontade de requalificar o trabalho dos operários (como pretendia William Morris Morris), mas sim a intenção de utilizar o trabalho dos artistas no quadro da economia capitalista.
Acreditava-se – Willliam Morris - que com a libertação do homem do trabalho com ajuda das máquinas, seria possível usufruir mais dos ornamentos e de seus encantos plásticos. No entanto, esse ideal de uma sociedade mais livre para o prazer estético não se concretizou. Sua difusão aconteceu por meio de revistas de arte, moda, publicidade, exposições e espetáculos. O ambiente visual do Art Nouveau criou uma imagem idealizada e otimista em relação à sociedade. A rápida dissolução da arte nova quando na fase da agudização dos conflitos sociais, que levam à Primeira Guerra Mundial, desmente o equívoco utopismo social que lhe servia de base.
•A morfologia desse estilo foi representada por arabescos lineares e cromáticos, por curvas e espirais, pela utilização de cores frias e transparentes, pela assimetria e ritmos musicais, longe das proporções equilibradas. Buscava-se a idéia de agilidade, leveza, juventude e otimismo.
Uma invariante estética da arte nova é a EMPATIA- EINFÜLUNG, pertence à linha da expressão – definição Renato de Fusco
Empatia – leva-nos sentir exteriorizando-nos nas coisas, ação comunicatica dos indivíduos.
Relação ativa entre sujeito e objetos.
Busca de motivos de inspiração na vida interior, que encontram correspondência nas formas de natureza – mas nas leis – passagem naturalismo ao organicismo. A teoria artística que permite esta passagem foi a empatia / einfülung – Traduções: intuição, simpatia simbólica, comunicação fisiopsicológica.
Relação ativa entre sujeito e objetos.
Busca de motivos de inspiração na vida interior, que encontram correspondência nas formas de natureza – mas nas leis – passagem naturalismo ao organicismo. A teoria artística que permite esta passagem foi a empatia / einfülung – Traduções: intuição, simpatia simbólica, comunicação fisiopsicológica.
Segundo Argan, o Art Nouveau, a arte nova, foi o gosto ou o "estilo" que expressou o espírito típico do modernismo, um fenômeno essencialmente urbano. Interessava às várias áreas representantes dos costumes: o urbanismo, os equipamentos urbanos e domésticos, a arte figurativa e decorativa, o vestuário, os ornamentos, os espetáculos, etc. Representava o gosto da burguesia moderna partidária do progresso industrial tido como um privilégio intelectual com “responsabilidades sociais”. A arte nova caracterizou-se pela temática naturalista, utilizando procedimentos de tratamento da superfície e tridimensionalidade perspéctica, inspirados na arte japonesa.
Poéticas da empatia
•Art-nouveau, expressionismo, futurismo, Frank Lloyd Wright, etc.
•Art nouveau
•Henri Van de Velde – toda linha é uma força, exprime a energia de quem a traça.
•Walter Crane (1900) – a linha sinuosa não apenas sugere movimento, descrevendo a direção e força deste movimento.
•Principal aspecto da art nouveau – configuração linear, ritmo côncavo e convexo, espessura variante (energia), grafismos tangenciais e sobrepostos.
•Gustav Klimt (1862-1918) – síntese entre organicismo e abstração, alegria.
•Edvard Munch (1863-1944) – trabalhava com linhas de força, simbolismo.
Bibliografia
ARGAN, Giulio Carlo. Arte Moderna. São Paulo. Companhia das Letras, 1992.
ARGAN, Giulio Carlo. Arte Moderna. São Paulo. Companhia das Letras, 1992.
FRAMPTON, Kenneth. História Crítica da Arquitetura Moderna. São Paulo: Martins Fontes.
FUSCO, Renato de. Arte Contemporânea. Lisboa: Editorial Presença.
GREGOTTI, Vitório. O Território da Arquitetura. São Paulo: Ed. Perspectiva.
Nenhum comentário:
Postar um comentário